TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL DE TERESÓPOLIS: CLANDESTINO OU REGULAR?

 Como todos sabem, o transporte público municipal de Teresópolis não é licitado. Diante disso, o serviço prestado pela Viação Dedo de Deus é feito através de uma permissão, porém não renovada a algum tempo. Diante disso, surgiu uma grande dúvida sobre essa situação: Se não existe licitação e a permissão não foi renovada, o serviço é clandestino?

A Prefeitura, através de certas atitudes, reforça ainda mais esse questionamento considerando a falta de fiscalização diante das atrocidades feitas pela empresa Dedo de Deus, como por exemplo a retirada dos bancos de seus ônibus meses atrás, noticiado aqui pela nossa equipe e que teve uma repercussão negativa dentro e fora do município.

Como também permitir, sem nenhuma ação, a redução de horários, inoperância de várias linhas e redução considerável da frota da empresa. Onde, na questão das linhas, hoje, em média, o município tem de 10 a 12 linhas inoperantes e uma redução de frota que chega à 24 carros considerando que até o dia 1° de Maio de 2020, quando a Prefeitura Municipal implantou o sistema de integração chamado de "Integra-Terê", a frota operando no município era de 113 ônibus urbano e, atualmente, como informado em nota para o InterTV Serra+Mar, o município conta com apenas 89 veículos em operação.

Sem contar também a falta de ação e posicionamento firme no que tange a questão da proibição do uso do ar-condicionado nos coletivos seminovos durante essa grande onda de calor que atingiu Teresópolis. Vale ressaltar que esses coletivos vieram de empresas da Baixada Fluminense e com ano de fabricação que varia de 2014 a 2018. Entretanto dados pelo Prefeito em questão como veículos novos, como foi divulgado pelo mesmo em um vídeo em suas redes sociais. Sem citar os “executivo” que não passam de veículos urbanos reformados e adaptados de toda forma para operar nessa linha criada pela Prefeitura.

É curioso o desinteresse de se elaborar uma licitação e abrir espaço para novas empresas de ônibus em Teresópolis, além da falta de pulso firme para fiscalizar o péssimo serviço que é prestado aos passageiros. A negligência e a omissão somados ao silêncio da Prefeitura perante a tal situação cria-se uma espécie de carta branca para que o monopólio firmado pela Viação Dedo de Deus se concretize ainda mais. Além de fazer surgir questionamentos como o dito acima, haja vista que: se realmente o transporte público é legalizado por qual motivo a Prefeitura não faz valer sua obrigação de fiscalização e não elabora de uma vez por todas a licitação para resolver esse problema?

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